Clube de Masters Dubinha

Notícias

O que buscamos no Dubinha?
“Não é bom que o homem esteja só! (GN. 2-18)”
“Se a solidão como isolamento é dramática, a solicitude como busca de aprimoramento é fantástica”.
• O ser humano é relacional e precisa do outro para se ajustar à vida como um todo. O homem é um ser social e gregário. Aliás, isto é tão verdadeiro que só a partir da percepção do “TU” em sua mais tenra infância é que ele começa a ter noção do “EU”. Assim, ninguém em seu estado de normalidade emocional reage bem ao isolamento por ter a solidão um peso devastador. Entretanto, por ser um indivíduo, ele precisa também de momentos a sós e busca a solicitude em certas circunstâncias. Se a solidão como isolamento é dramática, a solicitude como busca de aprimoramento é fantástica. Implica na glória de se estar só para qualificar a relação EU + TU.

• Todavia, na medida em que a história avança velozmente forçada pela volúpia de um “PROGRESSO” sem civilização, como sinalizou certa feita o Dr. Hélio Jaguaribe, a condição de fazer desse EU + TU = NÓS com qualidade, tornou-se cada vez mais rara. A competitividade foi diluindo a cumplicidade fraterna enquanto criava a visão do outro, por mais próximo que fosse como um “adversário” no cada vez mais concorrido mercado de trabalho, na luta pela sobrevivência, como se costuma dizer. As verdadeiras amizades começaram a rarear e “puxar o tapete” do outro, para conseguir um lugar ao sol nesse ambiente passou a ser tributo à sagacidade. A cultura foi alterada, passando a traição a ser mais valorizada que a sinceridade, a cumplicidade, a amizade e a fraternidade, então, estas palavras, passam a ser valores ultrapassados.

• Este comportamento anômalo infelizmente evoluiu causando profundos dramas psicossociais em milhares de pessoas. Este sentimento, avesso à natureza do homem e da mulher, prima pela impaciência diante do desafio de superar crises. Assim, evita-se o desgaste dos “DIÁLOGOS” que resolvem problemas e amadurecem pessoas, e opta-se pelo fim dos relacionamentos. As feridas não são curadas, os problemas não são resolvidos e parte-se para um outro relacionamento com outras pessoas com as mesmas ferramentas à mão para sabotar o próprio sucesso.

• O amor da cultura bíblica espalhado missionariamente pelo mundo todo se caracteriza, inversamente, pela capacidade de entender o outro, de ajudá-lo a se perceber melhor como pessoa, de fazê-lo entender que ele é importante e que é possível superar as barreiras. Quando Pedro pergunta a Jesus quantas vezes deve-se perdoar o outro e coloca o número sete como possível indicativo de um limite, Jesus responde: “Não somente sete mas setenta vezes sete, que são mais do que os 490 desta operação, pois o somatório correto desta conta não conta na progressão peculiar à matemática humana. O resultado real? Quantas vezes forem necessárias, porque o amor possui uma elasticidade que se dilata para que o outro tenha outra chance de ser quem pode verdadeiramente ser. À sua vez, o desamor, a indiferença, a traição, desumanamente, não dá a mínima chance para que isso venha a acontecer. Um pratica contrária ao AMOR GENUÍNO frustra a esperança do resgate da fraternidade.

• Entretanto, pensando na construção de um mundo fraterno, baseado no amor verdadeiro, Deus, lá no princípio da criação, na tentativa de devolver ao homem o estado inicial da criação pontifica: “Acolhei-vos, portanto, uns aos outros, como também Cristo vos acolheu para a glória de Deus” ( RM – 15 – 7).

• Vivemos numa sociedade marcada pelo individualismo e pelo consumismo e, conseqüentemente, marcada pela fragilidade das relações humanas, devemos crer que a vontade de Deus para a humanidade pede-nos para que não nos conformemos com este estilo de vida mundano e para que tenhamos a coragem de viver o estilo de vida de JESUS, que foi marcada pela SOLIDARIEDADE entre os irmãos. Assim, daremos um passo muito grande para melhorar a comunidade que integramos (família, trabalho, clube de lazer, etc), já que as atividades falam mais do que as palavras:

“Porque toda Lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros“ (GL 5 – 14/15).

• Quanto ao nosso Dubinha, apesar de todas as diferenças pertinentes à condição humana, enquanto ASSOCIAÇÃO RECREATIVA (esportiva e social), ele visa, a princípio, oferecer aos seus associados um lugar seguro e confortável, sem perder de vista a possibilidade de trabalharmos também a construção de outros valores e quem sabe onde uma nova vida possa ser recebida e levada a sua plenitude, em resgate daquela condição natural do estado da criação que foi perdida pela entrada do pecado no Mundo. Afinal, agindo Deus quem impedirá!

o O sábio Pastor e Teólogo alemão DIETRICH BONHOFFER, certa feita, afirmou que “COMUNIDADE” é o grato reconhecimento do chamado de Deus para partilhar da vida conjuntamente e oferecer alegremente um ESPAÇO HOSPITALEIRO onde o poder recriador do ESPÍRITO DE DEUS pode se manifestar. Assim, todas as formas de vida em conjunto podem tornar-se meios para que nós possamos revelar, uns aos outros, a presença de Deus entre nós!”
• Aqui nos reunimos semanalmente, em média 03 vezes, há vários anos – sócios proprietários – outros há pouco tempo – sócios contribuintes - afora os encontros festivos de natal, São João, etc e apesar de certas limitações físicas, impostas pela idade avançada, ainda estamos correndo - outros andando - atrás da bola, mas também estamos juntos em comunhão após os jogos para comer, beber ou apenas para saborear algumas jarras de suco, muito bem preparados pela nossa querida Ivete, mas, sobretudo nos reunimos para curtir a presença de nossos companheiros de clube, alguns de fino trato e agradável companhia, outros de convivência mais difícil, mas nem por isso dispensável. Enfim, todos com suas qualidades, virtudes e dificuldades forman o conjunto da obra chamada CLUBE DE MASTER DUBINHA! O NOSSO DUBINHA! Que para alguns já se tornou sua segunda “CASA”, senão família!

Em verdade o “DUBINHA” é o retrato de todos nós. Como imaginá-lo sem os gritos do Haroldo, sem a delicadeza e alegria do Bau, sem o elevado senso de humor do Gilmessi, sem o apetite do Madureira e de seu folclórico concorrente João Bilola ou Bilolar, sem a filosofia e poesia do emérito lançador Tonico (Tonicão), sem a secura do Armando (Ganso), sem a comeragem do Agildo (Neymar), sem o internacional e imprevisível Coxa e seus tradicionais Cartões, sem a simpatia do Arturo e do Ivo Pepe, sem a disciplina do Maurílio, sem a catimba sórdida do Nabuco, sem a correria do Geraldo, sem a classe do Ilderick, sem a careca do Eraldo, sem a vontade juvenil do Ferreira e do Roberto Mendes, sem o Júnior Rivotril e sem a gozação do Ciço massagista, etc.

Enfim, temos uma escolha a fazer durante nossa curta existência terrestre: Estar a serviço de uma sociedade egoísta, desumana, competitiva e consumista onde o homem é o lobo do próprio homem? onde iremos semear o ódio e a intolerância no lugar do perdão? onde prevalece o desamor? Ou vamos contribuir para a construção de uma sociedade mais fraterna, mais solidária onde os valores cristãos sejam perseguidos continuamente?

Para nos ajudar na busca pelas respostas àquelas perguntas, Jesus nos adverte:

“E não sedes conformados com este mundo, mas sedes transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (RM. 12.2).”

Para isso precisamos entender que, nessa vida, nós não somos juízes, mas réus, razão pela qual devemos aprender a suportar uns aos outros até porque o próprio criador não faz acepção de pessoas (Tiago – 2: 1-9), vez que o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo (Tiago – 2: 13).

Que Deus nos ajude a construir um Dubinha que represente mais que um espaço seguro e confortável para a prática do esporte e do exercício da atividade social (lazer = LÚDICAS), mas que possa, também, nos oferecer uma oportunidade de crescimento a fim de que possamos ser mais solidários, fraternos e por conseqüência, mais misericordiosos e FELIZES!


ROMUALDO PATRIOTA COTA
DIRETOR

 

« voltar para a página anterior
contador de visitas
VISITAS